sábado, julho 21, 2007

Agradecimentos

SPAsophia Cultura e Arte agradece o incentivo na mídia, a Andrei Lara através do site www.andreilara.com.br; a Soraya Moté do Jornal "A Cidade" e a toda equipe do Jornal Maré, em especial a Hugo Oliveira, que esteve na locadora e sebo nos entrevistando e fez uma reportagem linda na edição nº 1388 de 20/07/07, com o título: "OÁSIS LITERÁRIO - Livraria SPAsophia leva literatura e cultura aos moradores da Japuíba." Aproveitando que estamos agradecendo, queremos também agraceder a todos os nossos clientes e doadores, e em especial, à nossa colaboradora Vanessa Pimenta, que supre direitinho a nossa ausência. Sem essas pessoas, com certeza não poderíamos estar tão bem. Beijos.

(Denise e Carmen)

quinta-feira, julho 19, 2007

PAN PAN PAN PAN...

Por: Denise Fonseca

Grupos protestaram em frente ao prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro contra os gastos exorbitantes para a realização dos jogos Pan-Americanos. Quantia essa, que poderia ser usada com educação, saúde e segurança, setores importantes para a população, e que estão agonizando. O esporte é importante, essencial, e torcer por nosso País, sem dúvida, é um processo catártico que nos faz, até mesmo, esquecer as dificuldades. Mas, pensando melhor, por que só nos sentimos cidadãos brasileiros quando estamos num estádio, torcendo para que nossa seleção vença? E se não vence, não perdoamos, não é mesmo? Vaias! Até para o Presidente, que está perdendo na sua árdua e complexa tarefa de governar um país, de forma honesta e séria. Será que se fôssemos cidadãos todos os dias, os governantes não se sentiriam obrigados, através da pressão, a adotarem ações mais efetivas? Será que se agíssemos como verdadeiros cidadãos no nosso dia-a-dia, nosso País não seria mais amigável, conseqüentemente melhor para se viver? Que tal recusar subornos dos políticos em troca de votos? Em vez disso, cobrar depois de sua posse tudo o que prometeram em campanha? Que tal anotar numa lista negra os nomes daqueles políticos que não honraram nosso País com honestidade e trabalho verdadeiro?
Ser cidadão não é somente ser um torcedor ferrenho, mas, adotar atitudes perante nossa sociedade, pensando sempre no coletivo. Podemos começar por ações respeitosas perante o próximo, perante o meio-ambiente, com a nossa cidade, com nosso País. Ah, e em relação ao Pan, é muito gostoso ver os esportistas brasileiros subirem ao pódio, é muito bom torcer para que eles ganhem mais medalhas, mas devemos torcer também por um Brasil em que todos tenham escolas bem estruturadas para estudarem; um Brasil com hospitais públicos em que os doentes não tenham de esperar em filas infindáveis e se acomodarem em corredores frios implorando por atendimento; um Brasil no qual possamos sair às ruas tranqüilos, ir e vir sem o pavor e a tensão da probabilidade de sermos assaltados ou mortos.

quarta-feira, julho 11, 2007

FLIP 2007











FLIP/2007

Estivemos na FLIP/2007 em Paraty. Não assistimos a todas as mesas, mas podemos comentar sobre as que tivemos o prazer de assistir. As boas vindas foram dadas pela presidente da FLIP, Liz Calder (muito simpática). Depois, uma crítica de teatro, Bárbara Heliodora leu um texto quase infindável sobre Nelson Rodrigues, nada muito expressivo. Então, veio a Orquestra Imperial, formada por uma variedade eclética de músicos brasileiros, que valeu a pena. Tudo estava muito divertido e dançante até que convidaram o músico João Donato para tocar. Confesso que esperava mais, já que foi tão bem recomendado. Porém, achei que o show ficou maçante.
O primeiro debate que assistimos foi Uivos, com Chacal e Lobão. Não conhecia Chacal e gostei de sua poesia lúdica, um jogo que brinca com as palavras. Lobão, embora pareça mais intelectualizado, continua com suas idéias reacionárias e o rock esbravejador. A mesa de Sexta-feira, com Fernando Morais, Paulo César de Araújo e Ruy Castro, biógrafos, autores das obras sobre as vidas de Olga Benário, Roberto Carlos e Nelson Rodrigues, respectivamente, foi sem dúvida a mais dinâmica que assistimos, principalmente devido às explanações de Paulo César sobre a biografia proibida de Roberto Carlos, e que deixou muitos fãs do “rei” decepcionados. A decepção maior foi o prêmio Nobel de Literatura de 2003, J. M. Coetzee. Recusou-se falar sobre sua vida e sobre seus livros, apenas fez a leitura de uma de suas obras e foi-se sem dar ao menos um sorriso ou esforçar-se para ser um pouco simpático. Não falar da própria vida, tudo bem, mas recusar-se a falar dos livros que escreveu, numa festa literária, é uma grande incoerência.
A leitura da estória “O Beijo no Asfalto” feita por vários autores brasileiros, inclusive Nelson Motta no lugar de Arnaldo Jabour, que não pôde comparecer, foi hilário, e por isso mesmo, a “cereja do bolo”. Embora tenham sido dirigidos por Bia Lessa, acho que não tiveram tempo hábil, e por ter sido uma performance informal, cheia de improvisações é que foi um dos melhores momentos da festa em homenagem a Nelson Rodrigues.
Fora das tendas, o destaque foi para a Flipinha, que divertiu e levou muita cultura e literatura às crianças e jovens, inclusive com a presença de Gabriel O Pensador; e para os eventos paralelos da Off Flip, que, graças a Deus, vem todo ano dando oportunidade aos escritores que estão tentando um lugar ao sol nessa calçada da fama tão estreita da literatura. Parabéns a todos os responsáveis e a Paraty, por abrigar esta festa, que sem dúvida, é a melhor que existe na Costa Verde. (Por Denise Fonseca)

Na SPAsophia, fisicamente, temos fotos e mais novidades que trouxemos da FLIP/2007.