segunda-feira, novembro 08, 2010

CONSCIÊNCIA AMPLA CULTURAL

A Ampla também é empresa social. Com seu projeto Consciência Ampla Cultural, que percorre várias cidades no Brasil, leva cultura, arte, educação e diversão para jovens, adultos e crianças, democratizando a cultura, dando acessibilidade a todas as classes sociais, já que as atividades são gratuitas. Há 3 anos, a produtora Água Grande, sob o comando de Nelson Freitas realiza o Consciência Ampla em Angra dos Reis, trazendo autores consagrados, músicos, contadores de histórias e oficineiros, inclusive dando oportunidades aos artistas da terra. Este ano, o evento aconteceu no CEA, nos dias 4 a 7/11/10 e lamentavelmente o público angrense não se importou. Vimos o espaço vazio durante os 4 dias, lotando apenas nos shows de Bia Bedran e Daniel Azulay. Debates importantes sobre educação, literatura e cultura foram apreciados por pouquíssimas pessoas. Onde estão os educadores desta cidade? A população angrense reclama da falta de eventos culturais, mas quando alguém de fora traz algo diferente do que a cultura local faz, o povo não comparece para apreciar. O local também não ajudou muito. A impressão que os responsáveis do espaço passaram foi que estavam sendo invadidos. Nenhuma receptividade. Convenhamos, não há mais lugar em Angra para realizar eventos artísticos e culturais.
Um jornal da cidade publicou que o "Dia da Cultura" foi comemorado dia 5 de novembro no CEA, com atrações diversas (todas que a Consciência Ampla trouxe, inclusive mencionando os artistas músicos). Correção: o evento foi patrocionado pela Ampla, produzido pela Água Grande Produções, com um certo apoio logístico da Prefeitura. Detalhe: no dia da cultura (05/11) não houve comemoração por parte do governo municipal. O filme que foi exibido em homenagem a Manoel Ramos (mestre da Festa do Divino e Folias de Reis, que morreu há pouco tempo), levado por Martha Myrna, foi apreciado por um mísero público. Desconsideração total para um evento diferente que acontece uma vez por ano, o que me leva a crer que a cultura não é importante para os angrenses.