quinta-feira, julho 11, 2013

FLIP 2013 - SÁBADO

No sábado, enquanto Carmen foi para a palestra “A Escola que queremos é uma escola de leitores”, na Casa de Cultura, eu fui para a Casa Folha assistir Zeca Camargo em “Nu”. Simpático, bem humorado, ligado no 220 volts, Zeca Camargo falou sobre sua vida profissional e sobre seu novo livro: Nu, que será lançado em agosto em forma de e-book pela editora E-Galáxia. No livro, ele relata reflexões sobre seus 50 anos de vida e de como lidar com a idade e as consequências que ela causa no corpo e na alma. A hora do almoço foi um martírio para encontrar um restaurante. A cidade estava insuportavelmente lotada e só conseguimos almoçar lá pelas 3 da tarde. Nesse dia, houve também uma manifestação de moradores, carregando cartazes com diversas reivindicações, que circulou pelas ruas de Paraty, chamando a atenção dos turistas. Já de tardezinha, nos estabelecemos na tenda da Flipinha e assistimos o final de uma conversa com vários escritores que discutiram sobre as obras de Graciliano e declamaram poesias. A seguir, já com a tenda e arredores lotados, Adriana Calcanhoto entrou com seu violão para lançar seu novo livro: Poesia Brasileira para crianças de qualquer idade, onde ela organizou poesias de poetas brasileiros e também ilustrou. Foi entrevistada por Arthur Dapieve, cantou as poesias do livro e, embora o som estivesse baixo e o ruído sonoro devido ao número de pessoas presentes, perturbador, a apresentação foi instigante. No final, enfrentei uma fila de 1 hora para pegar seu autógrafo. Valeu! Às 9h30m, pegando carona na onda de manifestações e protestos pelo Brasil afora, assistimos ao debate O Poder e o Povo,  com André Lara Rezende, um dos responsáveis pelo Plano Real e Marcos Nobre, com mediação do jornalista da Globo, William Waack. A discussão foi acalorada do início ao fim, um discordando do outro e com várias interrupções inconvenientes do mediador, o que ocasionou reclamações e vaias do público inflamado. Para ilustrar o debate, um jovem mais afoito, se manifestou de forma exaltada para os padrões Flip e foi arrastado para fora da tenda pelos seguranças. No final, depois de se cansar da hostilidade do público, o jornalista William Wack, firmemente e compenetrado, declarou que trabalha na Globo, mas que estava ali como pessoa física e expôs sua opinião, mencionando sua experiência de anos, dizendo que: “movimentos sociais sem clara definição (difusos) provocam menos mudanças do que as esperanças que despertam”, citando como exemplo a Argentina e a Itália. Bravo!

Texto: Denise Constantino

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