Finalizando o Sábado, às 19 horas, na minha opinião, a melhor palestra da Flip 2009, o português António Lobo Antunes deixou-nos bem claro e de forma poética, seu recado: "Escrever é preciso". Amigo de Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro, teve os livros recusados por várias editoras em Portugal, ate que uma editora americana, por intermédio de um amigo, resolveu editá-los, e aí só foi sucesso atrás de sucesso. Sintam sua sabedoria:
- "O livro é um organismo vivo; se sua mão está feliz, o livro sai bom."
- "Você só vai escrever bem se achar que é o melhor escritor do mundo".
- "Todo artista quer mudar a arte."
- "O escritor precisa impor desafios para poder escrever, por exemplo: vou escrever um livro impossível de escrever."
- "Se quer ser escritor deve ver Garrincha jogar 10 minutos de futebol."
- "O livro tem que ser inteligente, não o autor."
- "O escritor deve trabalhar ao mesmo tempo a cabeça e a mão."
- "Talvez o livro tenha que ser sonhos, pesadelos: vida."
- "Escrever é um trabalho impossível, porque você está trabalhando com coisas intraduzíveis, anteriores às palavras, e o problema é como transformá-las em palavras."
Assim como a mim, Lobo Antunes cativou toda a plateia, e a emoção e o carinho foram recíprocos.
Após a magnífica performance de Lobo Antunes corremos para o Largo de Santa Rita e fomos contempladas pela peça "Sonhos de uma noite de São João", empreendimento promovido pela Casa da Gávea. A peça é uma intertextualidade de "Sonhos de uma noite de verão", de Shakespeare, e a cultura caipira brasileira, com a supervisão e a atuação de Paulo Betti. Foi a
atração perfeita para fechar a noite: divertida, emocionante e mágica.
Por: Denise Fonseca
Foto: Carmen Amazonas
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