Esses dias comprei um livro chamado "Como superar a depressão das festas de fim de ano". Comprei porque achei interessante; achei interessante porque pensei que poucos se sentissem depressivos nesta época. Antes de imaginar que sou algum tipo de extraterrestre, ou seja, melancólica num momento em que a maioria sente-se eufórica e ansiosa para chegar logo esta data tão festiva, devo refletir sobre a origem deste sentimento. Creio que é aquela vozinha do bem, talvez para os céticos, a maturidade; não sei, tanto faz, no fim é a mesma coisa. Provavelmente, o bom senso, o conhecimento adquirido da vida, de tantas misérias, sofrimentos e angústias que presenciamos; mas, a sensação de que, embora a cpmemoração do Natal pareça tão alegre nos comerciais de TV, não é isso que nossa alma espera. Nossa alma grita, quer nos despertar, despertar da ignorância em que vivemos, para o verdadeiro sentido da vida, o verdadeiro sentido do Natal, que está lá no cerne da nossa essência; nós é que demoramos, e às vezes morremos sem conseguir desvendar este mistério. Lembro-me da minha infância, a alegria por ganhar uma boneca, a euforia por estar junto à família. Lembro-me das pessoas nas ruas se cumprimentando. Hoje, nem olhamos para aquele que esbarramos no corre-corre nas calçadas, entrando e saindo das lojas, em busca do presente perfeito. Os tempos mudam, as pessoas mudam, mas acho que determinadas coisas não podem mudar: a humildade, a generosidade, a fraternidade, a caridade, o respeito e o amor. Feliz Natal e um Ano Novo de boas mudanças. (Denise Fonseca)
Este é um espaço destinado ao lazer e bem estar de nossa mente, onde podemos dialogar sobre assuntos relacionados à cultura, arte, filosofia e atualidades, para o engrandecimento de nosso conhecimento e espírito.
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Café com sabor de Trovas
No dia 12/12/07 houve, na sede do Ateneu Angrense de Letras e Artes, o encontro "Café com sabor de Trovas", referente ao lançamento do jornalzinho informativo da primeira Delegacia de Trovadores de Angra dos Reis, presidido pela Srª Maria Helena Ururahy da Fonseca. O encontro contou com a presença dos membros fundadores, os quais declamaram suas trovas de Natal, lançadas no informativo, e convidados. Parabéns para todos nós por mais esta conquista do setor da arte e cultura em Angra dos Reis.
E já que estamos falando de poetas, que tal uma pitada de Mário Quintana, com esta poesia sensacional em que ele diz que assim como a evocação da reza, um belo poema também nos aproxima de Deus. Isto me faz refletir sobre uma questão: não é a religião que nos aproxima de Deus e sim o que fazemos no decorrer de nossas vidas, e, sem dúvida, fazer poesia é uma forma de entrar na mais bela sintonia com o Ser Supremo.
"SE EU FOSSE UM PADRE (Mário Quintana)
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
__muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
...e um belo poema __ ainda que de Deus se aparte __
um belo poema sempre leva a Deus!
Festa do Ateneu
Estivemos presente à festa de confraternização do Ateneu Angrense de Letras e Artes no Clube Comercial em 11/12/07. Além das comidinhas e bebidas, de praxe, houve a homenagem aos membros que são associados há dois anos, com a medalha "Cunhambebe"; consagração dos novos associados; mensagens de Ano Novo e declamação de poesias. Muito bom!
domingo, dezembro 02, 2007
NOVIDADE!!!
Agora para melhor atendê-lo estamos vendendo livros novos, também.
"Livro é o melhor presente"
Feliz Natal
Venha conferir!!!
O Segredo Marley, o cãozinho atrapalhado Criando Bebês Felizes Sobre os Islã Racismo, Explicando a seu Filho Relatório - Che Guevara
E-mail: decof@uol.com.br
terça-feira, novembro 20, 2007
FITA 2007
Mais uma vez compartilhamos da vontade do público angrense e seus visitantes em consumir cultura. O Festa Internacional do Teatro de Angra é um sucesso que proporciona à cidade diversão e arte da melhor forma possível. É realmente uma festa popular. Parabéns aos organizadores e patrocinadores que se empenham para que isso possa acontecer.
quinta-feira, novembro 08, 2007
HOMENAGEM À CULTURA
Em uma bela cerimônia no Teatro Municipal Câmara Torres, a Câmara Municipal de Angra dos Reis em SESSÃO SOLENE ALUSIVA AO DIA DA CULTURA, homenageou pessoas que durante o ano de 2007 desenvolveram trabalhos voltados à cultura e ao esporte, e eu (Carmen), tive a honra de receber do presidente da Câmara (Ricardo Dutra) a medalha ao mérito"Brasil dos Reis", em nome do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo SPAsophia Cultura & Arte, caracterizado pela literatura e a cultura em geral. Tivemos na noite uma belissima apresentação de piano, a banda do frade, que também foi agraciada, e uma excelente e inspiradora palestra com Ida Marina Mazzilo. Agradecemos ao vereador Ricardo Dutra e seus colaboradores pelo incentivo ao projeto.
domingo, outubro 14, 2007
Dia das Crianças
domingo, outubro 07, 2007
quinta-feira, outubro 04, 2007
Rotary Club de Angra dos Reis
Foi com imenso prazer que recebemos hoje no SPAsophia, membros do Rotary Club de Angra dos Reis. Entre muito incentivo, elogios e boas energias recebemos a doação de 200 livros de títulos variados, o que nos traz grande satisfação. Cada livro doado é uma premiação pelo esforço empregado e uma certeza do desenvolvimento de nosso projeto. Fica aqui nosso Muiiiiiiiiiiiiiito Obrigada!!!
sexta-feira, setembro 21, 2007
ESTAÇÃO DAS FLORES
Até o dia 29 de setembro estamos com a Mostra "Estação das Flores" com telas do artista plástico Alex Arruda. É hora da estação mais colorida e perfumada do ano. Vale a pena conferir!
A Primavera iniciará às 06h51 do dia 23 de setembro de 2007. (http://www.cptec.inpe.br/)
Nasce e só é boca
laranjeira sabiá
cresce e só é canto.
Denise Fonseca
Flor, suave flor
desabrocha de paixão
vive e cheira amor.
Denise Fonseca
Bienal do Livro 2007
Fomos conferir a Bienal, e como sempre está maravilhosa. Muitas estandes disponibilizam contadores de história para animar e divertir a garotada de 0 a 100 anos. Encontramos lá o maior livro do mundo, "O pequeno príncipe". Trouxemos diversos títulos, como: O Livreiro de Cabul, A cidade do Sol, O Segredo e outros, incluindo infantis. Venham conferir!
domingo, setembro 02, 2007
FUNDAÇÃO CULTURAL
No dia 01 de setembro aconteceu uma reunião no Teatro Municipal de Angra dos Reis, onde foram dados os primeiros passos para a criação de uma FUNDAÇÃO CULTURAL. Além de nós, estavam presentes: representantes da AFOCAR, Ateneu, de teatro, literatura, capoeira, música, artes plásticas, patrimônio histórico e outros interessados. A mesa foi presidida pelo secretário de Cultura, Marcus Veníssius, o sub-secretário Marcelo Tavares e os convidados: Élvio Tamoio (FUNARTE), Lúcia Guimarães (FUNARJ) e o presidente da FUSAR, João Domingos. Esperamos que, desta vez, com tantas pessoas de gabarito juntas, a cultura em Angra dê uma guinada promissora.
segunda-feira, agosto 27, 2007
Caiçara
terça-feira, agosto 21, 2007
domingo, agosto 05, 2007
Exposição
Fomos conferir a exposição de fotos da AFOCAR que começou em 31/07/07 na Casa da Cultura de Angra dos Reis, com a realização de um coquetel muito caprichado da Júlia Rosa e a presença de gente muito bacana, todos ligados à arte, cultura, coisas maravilhosas que incentivam a nossa criatividade. Parabéns.
Grupo de Estudo
Estamos realizando no SPAsophia Cultura e Arte grupo de estudo para o concurso público da PMAR. Mais um projeto que estamos colocando em prática, sempre voltado para o desenvolvimento das pessoas. Confira na foto nosso grupo super motivado para conseguir o emprego dos sonhos de muitos. O sucesso deles é o nosso sucesso.
quarta-feira, agosto 01, 2007
QUINTANA
Mário de Miranda Quintana completaria 101 anos em 30/07, e aqui vai nossa homenagem, dando continuidade à proposta de homenagear um poeta por mês. Mário Quintana foi precoce, aprendeu a ler com 7 anos e ainda jovem começou a trabalhar. Iniciou seus trabalhos poéticos já aos 13 anos e aos 19 anos ganha seu primeiro concurso com o conto A Sétima Personagem. Elogiado por Drummond, Vinícius de Moraes, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira. Indicado para a Academia Brasileira de Letras, foi injustiçado por nunca ter sido escolhido. E, por isso, colocando seu conhecido humor e sarcasmo em prática, escreveu Poeminho do Contra: "Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,Eles passarão...
Eu passarinho!"
Morreu em 05/05/1994 e sobre a morte escreveu: "Amigos, não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas...Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira."
No SPAsophia Cultura e Arte, sebo e locadora de livros, também estamos homenageando nesse mês esse grande poeta: Mário Quintana.
(por Denise Fonseca)
sábado, julho 21, 2007
Agradecimentos
SPAsophia Cultura e Arte agradece o incentivo na mídia, a Andrei Lara através do site www.andreilara.com.br; a Soraya Moté do Jornal "A Cidade" e a toda equipe do Jornal Maré, em especial a Hugo Oliveira, que esteve na locadora e sebo nos entrevistando e fez uma reportagem linda na edição nº 1388 de 20/07/07, com o título: "OÁSIS LITERÁRIO - Livraria SPAsophia leva literatura e cultura aos moradores da Japuíba." Aproveitando que estamos agradecendo, queremos também agraceder a todos os nossos clientes e doadores, e em especial, à nossa colaboradora Vanessa Pimenta, que supre direitinho a nossa ausência. Sem essas pessoas, com certeza não poderíamos estar tão bem. Beijos.
(Denise e Carmen)
quinta-feira, julho 19, 2007
PAN PAN PAN PAN...
Por: Denise Fonseca
Grupos protestaram em frente ao prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro contra os gastos exorbitantes para a realização dos jogos Pan-Americanos. Quantia essa, que poderia ser usada com educação, saúde e segurança, setores importantes para a população, e que estão agonizando. O esporte é importante, essencial, e torcer por nosso País, sem dúvida, é um processo catártico que nos faz, até mesmo, esquecer as dificuldades. Mas, pensando melhor, por que só nos sentimos cidadãos brasileiros quando estamos num estádio, torcendo para que nossa seleção vença? E se não vence, não perdoamos, não é mesmo? Vaias! Até para o Presidente, que está perdendo na sua árdua e complexa tarefa de governar um país, de forma honesta e séria. Será que se fôssemos cidadãos todos os dias, os governantes não se sentiriam obrigados, através da pressão, a adotarem ações mais efetivas? Será que se agíssemos como verdadeiros cidadãos no nosso dia-a-dia, nosso País não seria mais amigável, conseqüentemente melhor para se viver? Que tal recusar subornos dos políticos em troca de votos? Em vez disso, cobrar depois de sua posse tudo o que prometeram em campanha? Que tal anotar numa lista negra os nomes daqueles políticos que não honraram nosso País com honestidade e trabalho verdadeiro?
Ser cidadão não é somente ser um torcedor ferrenho, mas, adotar atitudes perante nossa sociedade, pensando sempre no coletivo. Podemos começar por ações respeitosas perante o próximo, perante o meio-ambiente, com a nossa cidade, com nosso País. Ah, e em relação ao Pan, é muito gostoso ver os esportistas brasileiros subirem ao pódio, é muito bom torcer para que eles ganhem mais medalhas, mas devemos torcer também por um Brasil em que todos tenham escolas bem estruturadas para estudarem; um Brasil com hospitais públicos em que os doentes não tenham de esperar em filas infindáveis e se acomodarem em corredores frios implorando por atendimento; um Brasil no qual possamos sair às ruas tranqüilos, ir e vir sem o pavor e a tensão da probabilidade de sermos assaltados ou mortos.
Grupos protestaram em frente ao prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro contra os gastos exorbitantes para a realização dos jogos Pan-Americanos. Quantia essa, que poderia ser usada com educação, saúde e segurança, setores importantes para a população, e que estão agonizando. O esporte é importante, essencial, e torcer por nosso País, sem dúvida, é um processo catártico que nos faz, até mesmo, esquecer as dificuldades. Mas, pensando melhor, por que só nos sentimos cidadãos brasileiros quando estamos num estádio, torcendo para que nossa seleção vença? E se não vence, não perdoamos, não é mesmo? Vaias! Até para o Presidente, que está perdendo na sua árdua e complexa tarefa de governar um país, de forma honesta e séria. Será que se fôssemos cidadãos todos os dias, os governantes não se sentiriam obrigados, através da pressão, a adotarem ações mais efetivas? Será que se agíssemos como verdadeiros cidadãos no nosso dia-a-dia, nosso País não seria mais amigável, conseqüentemente melhor para se viver? Que tal recusar subornos dos políticos em troca de votos? Em vez disso, cobrar depois de sua posse tudo o que prometeram em campanha? Que tal anotar numa lista negra os nomes daqueles políticos que não honraram nosso País com honestidade e trabalho verdadeiro?
Ser cidadão não é somente ser um torcedor ferrenho, mas, adotar atitudes perante nossa sociedade, pensando sempre no coletivo. Podemos começar por ações respeitosas perante o próximo, perante o meio-ambiente, com a nossa cidade, com nosso País. Ah, e em relação ao Pan, é muito gostoso ver os esportistas brasileiros subirem ao pódio, é muito bom torcer para que eles ganhem mais medalhas, mas devemos torcer também por um Brasil em que todos tenham escolas bem estruturadas para estudarem; um Brasil com hospitais públicos em que os doentes não tenham de esperar em filas infindáveis e se acomodarem em corredores frios implorando por atendimento; um Brasil no qual possamos sair às ruas tranqüilos, ir e vir sem o pavor e a tensão da probabilidade de sermos assaltados ou mortos.
quarta-feira, julho 11, 2007
FLIP 2007
FLIP/2007
Estivemos na FLIP/2007 em Paraty. Não assistimos a todas as mesas, mas podemos comentar sobre as que tivemos o prazer de assistir. As boas vindas foram dadas pela presidente da FLIP, Liz Calder (muito simpática). Depois, uma crítica de teatro, Bárbara Heliodora leu um texto quase infindável sobre Nelson Rodrigues, nada muito expressivo. Então, veio a Orquestra Imperial, formada por uma variedade eclética de músicos brasileiros, que valeu a pena. Tudo estava muito divertido e dançante até que convidaram o músico João Donato para tocar. Confesso que esperava mais, já que foi tão bem recomendado. Porém, achei que o show ficou maçante.
O primeiro debate que assistimos foi Uivos, com Chacal e Lobão. Não conhecia Chacal e gostei de sua poesia lúdica, um jogo que brinca com as palavras. Lobão, embora pareça mais intelectualizado, continua com suas idéias reacionárias e o rock esbravejador. A mesa de Sexta-feira, com Fernando Morais, Paulo César de Araújo e Ruy Castro, biógrafos, autores das obras sobre as vidas de Olga Benário, Roberto Carlos e Nelson Rodrigues, respectivamente, foi sem dúvida a mais dinâmica que assistimos, principalmente devido às explanações de Paulo César sobre a biografia proibida de Roberto Carlos, e que deixou muitos fãs do “rei” decepcionados. A decepção maior foi o prêmio Nobel de Literatura de 2003, J. M. Coetzee. Recusou-se falar sobre sua vida e sobre seus livros, apenas fez a leitura de uma de suas obras e foi-se sem dar ao menos um sorriso ou esforçar-se para ser um pouco simpático. Não falar da própria vida, tudo bem, mas recusar-se a falar dos livros que escreveu, numa festa literária, é uma grande incoerência.
A leitura da estória “O Beijo no Asfalto” feita por vários autores brasileiros, inclusive Nelson Motta no lugar de Arnaldo Jabour, que não pôde comparecer, foi hilário, e por isso mesmo, a “cereja do bolo”. Embora tenham sido dirigidos por Bia Lessa, acho que não tiveram tempo hábil, e por ter sido uma performance informal, cheia de improvisações é que foi um dos melhores momentos da festa em homenagem a Nelson Rodrigues.
Fora das tendas, o destaque foi para a Flipinha, que divertiu e levou muita cultura e literatura às crianças e jovens, inclusive com a presença de Gabriel O Pensador; e para os eventos paralelos da Off Flip, que, graças a Deus, vem todo ano dando oportunidade aos escritores que estão tentando um lugar ao sol nessa calçada da fama tão estreita da literatura. Parabéns a todos os responsáveis e a Paraty, por abrigar esta festa, que sem dúvida, é a melhor que existe na Costa Verde. (Por Denise Fonseca)
Na SPAsophia, fisicamente, temos fotos e mais novidades que trouxemos da FLIP/2007.
Estivemos na FLIP/2007 em Paraty. Não assistimos a todas as mesas, mas podemos comentar sobre as que tivemos o prazer de assistir. As boas vindas foram dadas pela presidente da FLIP, Liz Calder (muito simpática). Depois, uma crítica de teatro, Bárbara Heliodora leu um texto quase infindável sobre Nelson Rodrigues, nada muito expressivo. Então, veio a Orquestra Imperial, formada por uma variedade eclética de músicos brasileiros, que valeu a pena. Tudo estava muito divertido e dançante até que convidaram o músico João Donato para tocar. Confesso que esperava mais, já que foi tão bem recomendado. Porém, achei que o show ficou maçante.
O primeiro debate que assistimos foi Uivos, com Chacal e Lobão. Não conhecia Chacal e gostei de sua poesia lúdica, um jogo que brinca com as palavras. Lobão, embora pareça mais intelectualizado, continua com suas idéias reacionárias e o rock esbravejador. A mesa de Sexta-feira, com Fernando Morais, Paulo César de Araújo e Ruy Castro, biógrafos, autores das obras sobre as vidas de Olga Benário, Roberto Carlos e Nelson Rodrigues, respectivamente, foi sem dúvida a mais dinâmica que assistimos, principalmente devido às explanações de Paulo César sobre a biografia proibida de Roberto Carlos, e que deixou muitos fãs do “rei” decepcionados. A decepção maior foi o prêmio Nobel de Literatura de 2003, J. M. Coetzee. Recusou-se falar sobre sua vida e sobre seus livros, apenas fez a leitura de uma de suas obras e foi-se sem dar ao menos um sorriso ou esforçar-se para ser um pouco simpático. Não falar da própria vida, tudo bem, mas recusar-se a falar dos livros que escreveu, numa festa literária, é uma grande incoerência.
A leitura da estória “O Beijo no Asfalto” feita por vários autores brasileiros, inclusive Nelson Motta no lugar de Arnaldo Jabour, que não pôde comparecer, foi hilário, e por isso mesmo, a “cereja do bolo”. Embora tenham sido dirigidos por Bia Lessa, acho que não tiveram tempo hábil, e por ter sido uma performance informal, cheia de improvisações é que foi um dos melhores momentos da festa em homenagem a Nelson Rodrigues.
Fora das tendas, o destaque foi para a Flipinha, que divertiu e levou muita cultura e literatura às crianças e jovens, inclusive com a presença de Gabriel O Pensador; e para os eventos paralelos da Off Flip, que, graças a Deus, vem todo ano dando oportunidade aos escritores que estão tentando um lugar ao sol nessa calçada da fama tão estreita da literatura. Parabéns a todos os responsáveis e a Paraty, por abrigar esta festa, que sem dúvida, é a melhor que existe na Costa Verde. (Por Denise Fonseca)
Na SPAsophia, fisicamente, temos fotos e mais novidades que trouxemos da FLIP/2007.
terça-feira, junho 26, 2007
HOMENAGEM
Ultimamente tem-se falado constantemente sobre um grande escritor brasileiro, sexto ocupante da Cadeira nº 32 na ABL, eleito em 3 de Agosto de 1989, na sucessão de Genolino Amado, e por isso merece um espaço nesse espaço que só pretende homenagear os que contribuem para que o nosso mundo seja melhor, promovendo a arte. Ele nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa (PB), em 16 de Junho de 1927. Seu pai foi assassinado durante a revolução de 30, por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá. Lá, ele assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, de onde tirou inspiração para suas produções teatrais. Em 1942 foi para Recife, onde iniciou a Faculdade de Direito. Nessa época, começou a escrever suas peças, sendo a primeira Uma Mulher Vestida de Sol. Formou-se em 1950 e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Teve uma doença pulmonar e mudou-se novamente para Taperoá. Em 1955 escreve Auto da Compadecida, peça que o projetou em todo o país. Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de estética da Universidade Federal de Pernambuco. Em 1959 fundou o Teatro Popular do Nordeste. Interrompeu sua bem sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. Em 1194, aposenta-se. Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura em Recife. Também se dedicou à prosa de ficção publicando o romance A Pedra do Reino, exibido recentemente (uma adaptação) na Rede Globo. Foi também membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2000.
Dentre suas inúmeras obras, destacamos: no teatro: Uma mulher vestida de sol; Cantam as harpas de Sião; Os homens de barro; Auto da Compadecida; O desertor de Princesa; A pena e a lei; A caseira e a Catarina; Farsa da boa preguiça. Ficção: A história de amor de Fernando e Isaura; As infâncias da Quaderna; Fernando e Isaura.
No mês de Julho, mesmo com um pouco de atraso, estaremos prestando uma homenagem a ele no SPAsophia, espaço físico, inaugurando uma série de homenagens que iremos prestar aos escritores brasileiros. Esse é apenas um de nossos projetos, aguardem os próximos. Ah...Ele, quem descrevemos aí em cima, é o grande ARIANO SUASSUNA.
Dentre suas inúmeras obras, destacamos: no teatro: Uma mulher vestida de sol; Cantam as harpas de Sião; Os homens de barro; Auto da Compadecida; O desertor de Princesa; A pena e a lei; A caseira e a Catarina; Farsa da boa preguiça. Ficção: A história de amor de Fernando e Isaura; As infâncias da Quaderna; Fernando e Isaura.
No mês de Julho, mesmo com um pouco de atraso, estaremos prestando uma homenagem a ele no SPAsophia, espaço físico, inaugurando uma série de homenagens que iremos prestar aos escritores brasileiros. Esse é apenas um de nossos projetos, aguardem os próximos. Ah...Ele, quem descrevemos aí em cima, é o grande ARIANO SUASSUNA.
segunda-feira, junho 11, 2007
Nossa Língua
Nossa Língua Portuguesa está fazendo mais um aniversário. Por isso merece umas considerações nesse espaço. Nossa língua, antes de tornar-se nossa passou por várias transformações. Primeiro, sua origem é de muito longe...Vamos a Roma, onde se falava o Latim...Império Romano...Além de conquistar as terras dos outros, os romanos queriam impor sua cultura e sua língua. E assim, a maioria dos lugares que Roma se impõs, o Latim foi incorporado às línguas lá já existentes. Esse Latim tornou-se vulgar, do povo, além de misturar-se às línguas dos países invadidos, sofreu mutações de invasões bárbaras. Foi assim que o Latim chegou a Portugal. Lá, misturou-se com várias outras línguas: árabe, espanhol etc. Assim, o Latim deu origem ao Português, ao Espanhol e a várias outras línguas, chamadas línguas românicas. Lógico, quando Portugal invadiu o Brasil, trouxe o português deles, aqui misturou-se com o Tupi dos nossos primeiros habitantes; depois com o africano, dos escravos; e assim foi com outras línguas dos imigrantes. Foi assim que o português que os portugueses trouxeram acabou se modificando até chegar ao português que falamos hoje. E, como existiam tantas línguas, uma Torre de Babel, foi o Marquês do Pombal que deu ordem para que no Brasil só se falasse o Português. (Denise Fonseca)
domingo, junho 03, 2007
MEIO AMBIENTE
De 04/06 a 18/06/07 estaremos com uma mostra em homenagem ao Meio Ambiente em nossa SPAsophia Cultura e Arte. São fotos de paraísos ecológicos, revistas com reportagens para pesquisa escolar, produtos feitos através de reciclagem de garrafas pet e outros.
Salvar a natureza é nossa responsabilidade. Fazer alguma coisa para ajudar o meio ambiente também é ato de cidadania e devemos exercer esse papel que é nosso direito e dever, só assim poderemos contribuir para um país melhor.
"Em ti sonho construir morada,
Seus caminhos formam muitas estradas.
Ao tocar-te com meus pés nus sinto-me flutuar,
tamanha energia desta terra tão cheia de encantos e magias.
Minha alma se irradia tal qual a mais bela poesia.
Raiz dessa grande esfera, onde tudo prospera em vida e luz.
Vou ao teu encontro neste planeta que tudo produz..."
Seus caminhos formam muitas estradas.
Ao tocar-te com meus pés nus sinto-me flutuar,
tamanha energia desta terra tão cheia de encantos e magias.
Minha alma se irradia tal qual a mais bela poesia.
Raiz dessa grande esfera, onde tudo prospera em vida e luz.
Vou ao teu encontro neste planeta que tudo produz..."
(Terra mãe Gentil - Carmen Amazonas)
quinta-feira, maio 31, 2007
BERTIOGA
Vejam, em Bertioga existe um forte que segundo os moradores foi a primeira fortaleza construída no Brasil. Lá, Padre Anchieta e Manoel da Nóbrega tentaram catequizar os índios, esses que liderados por Cunhambebe lutaram por liberdade. Ali, pertinho, em Ubatuba, José de Anchieta escreveu na areia um poema dedicado à Virgem Maria. Como a História é linda! Em um bairo próximo, em Riviera São Lourenço, visitamos um antiquário maravilhoso, com peças que nunca tínhamos visto antes, parecia ser outro país. Vejam as fotos.
SPAsophia Cultura e Arte
Gente, nossa locadora de livros está indo de vento em polpa. Precisamos de doações. Abaixo, alguns exemplares à disposição para aluguel, por apenas 0,50 a diária:
- O Amanhã a Deus pertence- Zíbia Gasparetto
- O Caçador de Pipas - durante muito tempo, 1º lugar nos mais vendidos- ficção
-Marley e Eu- Campeão de vendas nos EUA
- A Bruxa de Portobello- Paulo Coelho está na moda, vide a nova novela das 18 hrs.
- Vários do Sidney Sheldon
- Harry Potter- os 4 primeiros
- Poderosa I e II - as jovens adoram
- Diversos livros didáticos: Matemática, Português, Geografia, Ciências, História, Administração etc.
- Artes - diversos artistas plásticos famosos
- Clássicos da literatura: Romeu e Julieta, Odisséia, Madame Bovary, Dom Quixote, Rei Arthur etc.
- Literatura Brasileira: Luis Fernando Veríssimo, O Anjo Caído- história de Nelson Rodrigues, Machado de Assis, Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade etc.
- Auto-ajuda: Augusto Cury e outros
- Espíritas: Richard Simonetti; Zíbia Gasparetto; Divaldo Franco, Chico Xavier, Dr. Jorge Andréa etc.
- Poesias;
- Religiosos;
- Culinária;
- E muitos outros, só indo lá para ver.
Estamos sempre realizando o desejo de nossos clientes, trazendo os livros solicitados
SPAsophia Cultura e Arte Locadora de livros é o espaço certo para você adquirir sabedoria.
- O Amanhã a Deus pertence- Zíbia Gasparetto
- O Caçador de Pipas - durante muito tempo, 1º lugar nos mais vendidos- ficção
-Marley e Eu- Campeão de vendas nos EUA
- A Bruxa de Portobello- Paulo Coelho está na moda, vide a nova novela das 18 hrs.
- Vários do Sidney Sheldon
- Harry Potter- os 4 primeiros
- Poderosa I e II - as jovens adoram
- Diversos livros didáticos: Matemática, Português, Geografia, Ciências, História, Administração etc.
- Artes - diversos artistas plásticos famosos
- Clássicos da literatura: Romeu e Julieta, Odisséia, Madame Bovary, Dom Quixote, Rei Arthur etc.
- Literatura Brasileira: Luis Fernando Veríssimo, O Anjo Caído- história de Nelson Rodrigues, Machado de Assis, Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade etc.
- Auto-ajuda: Augusto Cury e outros
- Espíritas: Richard Simonetti; Zíbia Gasparetto; Divaldo Franco, Chico Xavier, Dr. Jorge Andréa etc.
- Poesias;
- Religiosos;
- Culinária;
- E muitos outros, só indo lá para ver.
Estamos sempre realizando o desejo de nossos clientes, trazendo os livros solicitados
SPAsophia Cultura e Arte Locadora de livros é o espaço certo para você adquirir sabedoria.
terça-feira, abril 17, 2007
Literatura Infantil
Por: Denise Fonseca
Em homenagem ao Dia do Livro Infantil, uma pequena passagem sobre a literatura infantil...Que teve seu início com as narrações, oriundas da Idade Média e mesmo antes, na Índia. Quem lembra da estória de Sherazade, uma princesa que para não ser morta pelo marido, toda noite lhe contava um fragmento de uma estória fascinante, o que o deixava curioso e, assim, adiava sempre a morte da esposa esperta. Antigamente, as crianças não eram tratadas como indivíduos à parte, que necessitam de uma literatura diferenciada. Se alguma criança quisesse ler, e só a burguesia tinha acesso à leitura, se entretinham com livros clássicos adultos. Hoje, crianças do mundo todo param encantadas com os contadores de estórias, com peças teatrais infantis, com livros de estória, coloridos e fascinantes.
No SPAsophia Cultura e Arte, na parte de locadora, temos vários exemplares de livros infantis para aluguel ou leitura no local por preços super acessíveis, não deixe suas crianças distantes da fantasia. A fantasia dos livros penetra na mente dos pequeninos e ajuda-os a equilibrar seus conflitos e ansiedade.
Em homenagem ao Dia do Livro Infantil, uma pequena passagem sobre a literatura infantil...Que teve seu início com as narrações, oriundas da Idade Média e mesmo antes, na Índia. Quem lembra da estória de Sherazade, uma princesa que para não ser morta pelo marido, toda noite lhe contava um fragmento de uma estória fascinante, o que o deixava curioso e, assim, adiava sempre a morte da esposa esperta. Antigamente, as crianças não eram tratadas como indivíduos à parte, que necessitam de uma literatura diferenciada. Se alguma criança quisesse ler, e só a burguesia tinha acesso à leitura, se entretinham com livros clássicos adultos. Hoje, crianças do mundo todo param encantadas com os contadores de estórias, com peças teatrais infantis, com livros de estória, coloridos e fascinantes.
No SPAsophia Cultura e Arte, na parte de locadora, temos vários exemplares de livros infantis para aluguel ou leitura no local por preços super acessíveis, não deixe suas crianças distantes da fantasia. A fantasia dos livros penetra na mente dos pequeninos e ajuda-os a equilibrar seus conflitos e ansiedade.
sábado, março 31, 2007
LIVROS LIVROS!
Em breve, um sonho realizado. O cheiro, as imagens, as viagens, os livros...Inauguraremos um espaço para locação de livros, sebo e auxílio para os que têm dificuldade de efetuarem seus trabalhos escolares. SPAsophia Cultura e Arte...Em breve...na Japuíba. E também teremos a página no www.portalcarpediem.org. Aguardamos a visita de todos.
quinta-feira, março 29, 2007
CASTRO ALVES- 160 ANOS
Por: Denise Fonseca
Em 14/03/1847 nasceu um dos mestres da poesia brasileira: Castro Alves, que completaria 160 anos. Estou um pouco atrasada, mas o que vale é a homenagem, seja em qual data for.
As Duas Flores
São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez no mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Do mesmo raio de sol.
Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu....
Em 14/03/1847 nasceu um dos mestres da poesia brasileira: Castro Alves, que completaria 160 anos. Estou um pouco atrasada, mas o que vale é a homenagem, seja em qual data for.
As Duas Flores
São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez no mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Do mesmo raio de sol.
Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu....
quarta-feira, março 14, 2007
Todo dia é dia de POESIA!
(Por: Denise Fonseca)
A poesia é uma arte tradicional em que a linguagem humana é usada esteticamente, em que predomina o belo. Segundo Aristóteles, em sua obra Poética, a poesia tem três características: Verossimilhança (o que pode ser verdade); MÍMESIS (a arte imita a vida) e CATARSE (liberação das emoções, “lavagem da alma”). Através da poesia exprimimos sentimentos por meio de palavras ritmadas e exprimimos através da alma nossa visão de mundo. Segundo Adélia Prado, podemos fazer poesia de qualquer evento cotidiano, basta nos deixar levar pelo transcendental, pela sensibilidade da alma. Então, para comemorar o dia da poesia, podemos dizer que todo dia é dia de fazer poesia, basta deixar a alma livre.
AUTOPSICOGRAFIA (Fernando Pessoa)
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
A poesia é uma arte tradicional em que a linguagem humana é usada esteticamente, em que predomina o belo. Segundo Aristóteles, em sua obra Poética, a poesia tem três características: Verossimilhança (o que pode ser verdade); MÍMESIS (a arte imita a vida) e CATARSE (liberação das emoções, “lavagem da alma”). Através da poesia exprimimos sentimentos por meio de palavras ritmadas e exprimimos através da alma nossa visão de mundo. Segundo Adélia Prado, podemos fazer poesia de qualquer evento cotidiano, basta nos deixar levar pelo transcendental, pela sensibilidade da alma. Então, para comemorar o dia da poesia, podemos dizer que todo dia é dia de fazer poesia, basta deixar a alma livre.
AUTOPSICOGRAFIA (Fernando Pessoa)
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Dia da Poesia
Saudações a todos os poetas e amantes da poesia!!!
14 de março dia da poesia
"...Eis que surge uma palavra: AMAR.
Quatro letras que sozinhas não dizem nada ao meu pensar.
Uma palavra que vai fundo à minha alma e me faz despertar.
Penso na razão da sua existência,
Na descoberta da sua essência
E no espírito da sua eloqüência..."
Trecho da Poesia: Despertar / Carmen Amazonas
14 de março dia da poesia
"...Eis que surge uma palavra: AMAR.
Quatro letras que sozinhas não dizem nada ao meu pensar.
Uma palavra que vai fundo à minha alma e me faz despertar.
Penso na razão da sua existência,
Na descoberta da sua essência
E no espírito da sua eloqüência..."
Trecho da Poesia: Despertar / Carmen Amazonas
sábado, março 03, 2007
AFINAL, O QUE É FELICIDADE?
Por: Denise Fonseca
Muito se tem discutido sobre o que realmente é a felicidade, e até hoje, pouco se descobriu, ou nada. Ninguém encontrou uma resposta definitiva, concreta, considerada como verdadeira e absoluta, que pudesse satisfazer todos os afoitos em saber o sentido dessa palavrinha mágica, ou, desse sentimento tão cobiçado e pouco conhecido. Muitos falam que é um estado de espírito; outros falam que é a realização de todas as nossas necessidades, em todos os fatores de nossa vida, como: ter um bom trabalho, com um bom salário; uma casa, uma família; ter bens materiais; fama, sucesso e poder; inexistência de problemas; um amor; ajudar o próximo etc. Somando tudo isso, seria possuir um conjunto formado pelo material, emocional e o espiritual, este último muitas vezes não reconhecido por alguns estudiosos do assunto.
Segundo Abraham Maslow, o ser humano vive para satisfazer suas necessidades, que ele classificou em uma pirâmide. O objetivo é chegar ao topo (auto-realização), quando o indivíduo atingiria a plenitude de sua vida, tendo todas as suas necessidades atendidas.
É a busca da satisfação dessas necessidades que motiva as pessoas a seguirem em frente, galgando os vários degraus da existência. Perece uma busca interminável, porque assim que uma necessidade é satisfeita, surge outra. Fica o desafio então, se chegarmos ao topo – auto-realização, alcançaremos a tão sonhada felicidade? E o que acontece depois? Paramos?
Podemos achar que a felicidade não é desse mundo, pois parece algo inatingível. Acredito que antes de atingirmos algo que parece transcendental, devemos praticar o autoconhecimento (“conhece a ti mesmo”- Sócrates). Na verdade, a vida não é um problema, é um desafio e somos nosso maior desafio. Não sabemos ainda por que estamos aqui e para que. Como então podemos desvendar os mistérios de tão intensa plenitude? Em vez de ficarmos achando que a felicidade se encontra em fatores externos, não deveríamos olhar para dentro de nós, acreditando que é lá que estão as respostas para nossas aflições, angústias e insatisfações? Como disse Thomas Hardy: “A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso que fazemos do que temos.” E você, já encontrou sua felicidade?
Muito se tem discutido sobre o que realmente é a felicidade, e até hoje, pouco se descobriu, ou nada. Ninguém encontrou uma resposta definitiva, concreta, considerada como verdadeira e absoluta, que pudesse satisfazer todos os afoitos em saber o sentido dessa palavrinha mágica, ou, desse sentimento tão cobiçado e pouco conhecido. Muitos falam que é um estado de espírito; outros falam que é a realização de todas as nossas necessidades, em todos os fatores de nossa vida, como: ter um bom trabalho, com um bom salário; uma casa, uma família; ter bens materiais; fama, sucesso e poder; inexistência de problemas; um amor; ajudar o próximo etc. Somando tudo isso, seria possuir um conjunto formado pelo material, emocional e o espiritual, este último muitas vezes não reconhecido por alguns estudiosos do assunto.
Segundo Abraham Maslow, o ser humano vive para satisfazer suas necessidades, que ele classificou em uma pirâmide. O objetivo é chegar ao topo (auto-realização), quando o indivíduo atingiria a plenitude de sua vida, tendo todas as suas necessidades atendidas.
É a busca da satisfação dessas necessidades que motiva as pessoas a seguirem em frente, galgando os vários degraus da existência. Perece uma busca interminável, porque assim que uma necessidade é satisfeita, surge outra. Fica o desafio então, se chegarmos ao topo – auto-realização, alcançaremos a tão sonhada felicidade? E o que acontece depois? Paramos?
Podemos achar que a felicidade não é desse mundo, pois parece algo inatingível. Acredito que antes de atingirmos algo que parece transcendental, devemos praticar o autoconhecimento (“conhece a ti mesmo”- Sócrates). Na verdade, a vida não é um problema, é um desafio e somos nosso maior desafio. Não sabemos ainda por que estamos aqui e para que. Como então podemos desvendar os mistérios de tão intensa plenitude? Em vez de ficarmos achando que a felicidade se encontra em fatores externos, não deveríamos olhar para dentro de nós, acreditando que é lá que estão as respostas para nossas aflições, angústias e insatisfações? Como disse Thomas Hardy: “A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso que fazemos do que temos.” E você, já encontrou sua felicidade?
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Carnaval: Uma História
Carnaval: uma história
por Carmen Amazonas
Carnaval é historicamente a festa mais profana já existente, com registros de até 3 mil anos. Suas raízes encontram-se na Grécia Antiga, no culto a Dionísio, o deus vindima, conhecido também como Baco, era um deus bastardo para os pagãos.
Conforme as plantações de parreiras se espalhavam pelas ilhas gregas, a região Arcádia, Dionísio era celebrado.
Em todas as festas no campo ele se fazia cada vez mais presente. Representavam-no como uma figura humana, só que de chifres, barbas e pés de bode, com um olhar embriagado.
A festa estendia-se durante três dias, havia uma grande bebedeira coletiva em meio à sexualidade desvairada.
Estudiosos dividem-se quanto à origem do termo Carnaval. Para alguns, a palavra vem de CARRUM NAVALIS, os carros navais que faziam a abertura das Dionisías Gregas nos séculos VII e VI a.C. Uma outra teoria é a de que a palavra Carnaval surgiu de Gregório I, o Grande, em 590 d.C. quando transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao sétimo domingo, denominado de "qüinquagésima" deu o título de "dominica ad carne levandas", expressão que teria sucessivamente se abreviado para "carne levandas", "carne levale", "carne levamen", "carneval" e "carnaval", todas variantes de dialetos italianos (milanês, siciliano, calabres, etc..) e que significam ação de tirar , quer dizer: "tirar a carne" A terça-feira. (mardi-grass), seria legitimamente a noite do carnaval. Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum da Quaresma.
O Carnaval no Brasil tem sua origem no entrudo português, onde jogavam uns nos outros, farinha, água, ovos. Acontecia num período anterior à quaresma, com sentido de liberdade.
O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII, influenciado pelas festas carnavalescas da Europa. Na Itália e França, usava-se máscaras e fantasias, para se desfilar pelas ruas.
No Final do século XIX, apareceram os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos “corsos”. Os carros eram decorados para desfile pelas ruas, dando origem aos carros alegóricos tão usados nas escolas de samba.
No século XX, tornou-se mais popular com a ajuda das marchinhas. Em 1899, Chiquinha Gonzaga, compôs para o cordão Rosa de Ouro, a marcha “Abre-Alas”.
Conforme as plantações de parreiras se espalhavam pelas ilhas gregas, a região Arcádia, Dionísio era celebrado.
Em todas as festas no campo ele se fazia cada vez mais presente. Representavam-no como uma figura humana, só que de chifres, barbas e pés de bode, com um olhar embriagado.
A festa estendia-se durante três dias, havia uma grande bebedeira coletiva em meio à sexualidade desvairada.
Estudiosos dividem-se quanto à origem do termo Carnaval. Para alguns, a palavra vem de CARRUM NAVALIS, os carros navais que faziam a abertura das Dionisías Gregas nos séculos VII e VI a.C. Uma outra teoria é a de que a palavra Carnaval surgiu de Gregório I, o Grande, em 590 d.C. quando transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao sétimo domingo, denominado de "qüinquagésima" deu o título de "dominica ad carne levandas", expressão que teria sucessivamente se abreviado para "carne levandas", "carne levale", "carne levamen", "carneval" e "carnaval", todas variantes de dialetos italianos (milanês, siciliano, calabres, etc..) e que significam ação de tirar , quer dizer: "tirar a carne" A terça-feira. (mardi-grass), seria legitimamente a noite do carnaval. Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum da Quaresma.
O Carnaval no Brasil tem sua origem no entrudo português, onde jogavam uns nos outros, farinha, água, ovos. Acontecia num período anterior à quaresma, com sentido de liberdade.
O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII, influenciado pelas festas carnavalescas da Europa. Na Itália e França, usava-se máscaras e fantasias, para se desfilar pelas ruas.
No Final do século XIX, apareceram os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos “corsos”. Os carros eram decorados para desfile pelas ruas, dando origem aos carros alegóricos tão usados nas escolas de samba.
No século XX, tornou-se mais popular com a ajuda das marchinhas. Em 1899, Chiquinha Gonzaga, compôs para o cordão Rosa de Ouro, a marcha “Abre-Alas”.
Chiquinha Gonzaga - Abre Alas Chiquinha Gonzaga
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Nos anos 20, os ranchos eram a maior atração do carnaval de rua, composto pela classe média, devido ao custo da fantasia; já a população mais pobre saía nos cordões e blocos, formada por negros vindos da Bahia, ao som das batucadas ( ritmo de origem africana).
O Bloco de Sujo saía durante o dia, e como seus integrantes iam direto do trabalho para o bloco sem tomar banho, usando lençóis e máscaras que pareciam caveiras(clóvis). Havia o cordão dos velhos-foliões com máscaras de rosto de idosos, que vinham na frente puxando os blocos, o que deu origem às comissões de frente.
O Bloco das Piranhas surgiu da troca de roupas entre homens e mulheres para se fantasiarem. Pratos, frigideiras, facas e ritos de candomblé compunham a batucada.
Em 1928 surge a primeira escola de samba no Rio de Janeiro, a “Deixa Falar”. Anos mais tarde transformando-se na escola de samba Estácio de Sá. No Nordeste do Brasil, em Recife e Olinda, é o frevo e o maracatu que dão ritmo ao carnaval. Em Salvador os trios elétricos, cantores e grupos típicos da região embalam os foliões. São destaques os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê.
Boa folia aos que vão para o samba e um ótimo descanso aos que preferem um bom livro ou um filme. Atenção nas estradas aos viajantes. Divertir-se sim, mas com segurança e responsabilidade. Esteja onde estiver, muito Axé!!!
Rei Momo – deus pagão menor que presidia os festejos carnavalescos em Roma.
Tia Ciata – a mais famosa das “tias baianas” vindas para o Rio de Janeiro. Era na casa dessas “tias” que compositores e malandros reuniam-se em saraus musicais regados de muita bebida e tira-gosto. Assim desenvolveu-se o samba carioca.
Samba do crioulo doido - uma alusão às gafes nas letras de samba e nas composições, que em geral, eram feitas por negros e a maioria, analfabetos.
Surdo – de autoria de Bidê, o “surdo de marcação” foi criado aproveitando um latão de manteiga de 20kg, abrindo os dois lados e forrando com o saco de papel de cimento, levemente aquecido e úmido, preso com arame grosso.
Fonte: www.suapesquisa.com / www.terra.com.br / www.wikipédia.org /www.vagalume.uol.com.br
O Bloco de Sujo saía durante o dia, e como seus integrantes iam direto do trabalho para o bloco sem tomar banho, usando lençóis e máscaras que pareciam caveiras(clóvis). Havia o cordão dos velhos-foliões com máscaras de rosto de idosos, que vinham na frente puxando os blocos, o que deu origem às comissões de frente.
O Bloco das Piranhas surgiu da troca de roupas entre homens e mulheres para se fantasiarem. Pratos, frigideiras, facas e ritos de candomblé compunham a batucada.
Em 1928 surge a primeira escola de samba no Rio de Janeiro, a “Deixa Falar”. Anos mais tarde transformando-se na escola de samba Estácio de Sá. No Nordeste do Brasil, em Recife e Olinda, é o frevo e o maracatu que dão ritmo ao carnaval. Em Salvador os trios elétricos, cantores e grupos típicos da região embalam os foliões. São destaques os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê.
Boa folia aos que vão para o samba e um ótimo descanso aos que preferem um bom livro ou um filme. Atenção nas estradas aos viajantes. Divertir-se sim, mas com segurança e responsabilidade. Esteja onde estiver, muito Axé!!!
Rei Momo – deus pagão menor que presidia os festejos carnavalescos em Roma.
Tia Ciata – a mais famosa das “tias baianas” vindas para o Rio de Janeiro. Era na casa dessas “tias” que compositores e malandros reuniam-se em saraus musicais regados de muita bebida e tira-gosto. Assim desenvolveu-se o samba carioca.
Samba do crioulo doido - uma alusão às gafes nas letras de samba e nas composições, que em geral, eram feitas por negros e a maioria, analfabetos.
Surdo – de autoria de Bidê, o “surdo de marcação” foi criado aproveitando um latão de manteiga de 20kg, abrindo os dois lados e forrando com o saco de papel de cimento, levemente aquecido e úmido, preso com arame grosso.
Fonte: www.suapesquisa.com / www.terra.com.br / www.wikipédia.org /www.vagalume.uol.com.br
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
CONFLITO DA VERDADE
Por: Denise Fonseca
Tenho percebido há algum tempo, desde que faço parte dessa sociedade formada no planeta Terra, principalmente nos grupos mais próximos, como trabalho, família e amigos, que as pessoas se revoltam porque não conseguem mudar uma situação que gostariam fosse de outra maneira, porque segundo suas convicções, acham que é a correta. Mas nem tudo que convém a um, convém ao outro. Isso parece tão óbvio, porém, gostaria de penetrar mais nas profundezas dessa problemática, buscando um entendimento de alguns conflitos que tanto passamos. Ninguém gosta de ser tolhido, e muitas vezes somos obrigados a não sermos tão verdadeiros a fim de sobrevivermos. Isso é uma agressão ao nosso eu. O que seria de nós se fôssemos totalmente sinceros e despejássemos nossos mais íntimos pensamentos? Sobreviveríamos nesse mundo ou seríamos internados como loucos?
Nessa vida estamos sempre representando. Em casa somos filhos(as); esposos(as); pais; irmãos(ãs); cunhados(as) e outros. No trabalho somos empregados ou patrões. Em qualquer momento de nossas vidas temos de ser um. E talvez por isso vivamos sempre em conflito conosco mesmos e com o mundo, porque estamos em busca do nosso eu, que perdemos em alguma esquina de nossas vidas, de tanto que representamos. Creio que é dessa busca incessante que vem o conflito interior e o fato de não nos ajustarmos acaba causando o conflito com o mundo em que vivemos.
Acho que a busca de felicidade também está ligada ao fato de nos mantermos oprimidos na sociedade, escondendo nossos sentimentos, toda a verdade que habita nossa alma. A verdade, nem sempre é compreendida e por isso machuca e dói. Nem todos estamos preparados para ouvi-la e aceitá-la. Pode ser o orgulho que nos contamina, esse defeito que não nos deixa aceitar e enxergar a verdade. Dizer o que vai contra a cultura formada por determinada sociedade pode nos trazer sérias complicações, como ser tachado de louco, até mesmo porque atribuir essa não aceitação à loucura não deixa de ser uma desculpa para quem não tem argumentos. Por outro lado, até que ponto a verdade pode nos prejudicar? O que achamos ser verdade para nós, pode não ser verdade para os outros. Não questionar isso seria prepotência; assim como pode parecer prepotência ser demasiado sincero. Outro fato é que, se fôssemos todos totalmente honestos, sinceros e verdadeiros, o mundo não seria previsível demais? Afinal, já foi provado que o povo gosta da mentira, não vive sem ela, uma prova é que os políticos demagogos continuam sendo reeleitos.
Para terminar, afirmo que este artigo é somente um desabafo de meus pensamentos, não sou dona da verdade, quero somente meu eu de volta, para poder ser eu mesma em todos os setores e momentos de minha vida, sem machucar e sem ser considerada louca. E vocês?
Nessa vida estamos sempre representando. Em casa somos filhos(as); esposos(as); pais; irmãos(ãs); cunhados(as) e outros. No trabalho somos empregados ou patrões. Em qualquer momento de nossas vidas temos de ser um. E talvez por isso vivamos sempre em conflito conosco mesmos e com o mundo, porque estamos em busca do nosso eu, que perdemos em alguma esquina de nossas vidas, de tanto que representamos. Creio que é dessa busca incessante que vem o conflito interior e o fato de não nos ajustarmos acaba causando o conflito com o mundo em que vivemos.
Acho que a busca de felicidade também está ligada ao fato de nos mantermos oprimidos na sociedade, escondendo nossos sentimentos, toda a verdade que habita nossa alma. A verdade, nem sempre é compreendida e por isso machuca e dói. Nem todos estamos preparados para ouvi-la e aceitá-la. Pode ser o orgulho que nos contamina, esse defeito que não nos deixa aceitar e enxergar a verdade. Dizer o que vai contra a cultura formada por determinada sociedade pode nos trazer sérias complicações, como ser tachado de louco, até mesmo porque atribuir essa não aceitação à loucura não deixa de ser uma desculpa para quem não tem argumentos. Por outro lado, até que ponto a verdade pode nos prejudicar? O que achamos ser verdade para nós, pode não ser verdade para os outros. Não questionar isso seria prepotência; assim como pode parecer prepotência ser demasiado sincero. Outro fato é que, se fôssemos todos totalmente honestos, sinceros e verdadeiros, o mundo não seria previsível demais? Afinal, já foi provado que o povo gosta da mentira, não vive sem ela, uma prova é que os políticos demagogos continuam sendo reeleitos.
Para terminar, afirmo que este artigo é somente um desabafo de meus pensamentos, não sou dona da verdade, quero somente meu eu de volta, para poder ser eu mesma em todos os setores e momentos de minha vida, sem machucar e sem ser considerada louca. E vocês?
"O homem é bom, o que o corrompe é a sociedade" (Russeau)
segunda-feira, janeiro 29, 2007
Tom Jobim
Garota de Ipanema
Tom Jobim
Olha que coisa mais linda,
Mais cheia de graça,
É ela menina,
que vem e que passa,
Num doce balanço,
a caminho do mar.
Moça do corpo dourado,
Do sol de Ipanema,
O seu balançado é mais que um poema,
É a coisa mais linda que já vi passar.
Ah! Como estou tão sozinho.
Ah! Como tudo é tão triste.
Ah! A beleza que existe,
A beleza que não é só minha
E também passa sozinha.
Ah! Se ela soubesse que quando ela passa
O mundo interinho se enche de graça
E fica mais lindo por causa do amor.
Só por causa do amor...
Tom Jobim
Olha que coisa mais linda,
Mais cheia de graça,
É ela menina,
que vem e que passa,
Num doce balanço,
a caminho do mar.
Moça do corpo dourado,
Do sol de Ipanema,
O seu balançado é mais que um poema,
É a coisa mais linda que já vi passar.
Ah! Como estou tão sozinho.
Ah! Como tudo é tão triste.
Ah! A beleza que existe,
A beleza que não é só minha
E também passa sozinha.
Ah! Se ela soubesse que quando ela passa
O mundo interinho se enche de graça
E fica mais lindo por causa do amor.
Só por causa do amor...
EGITO FASCINANTE
POR: Denise Fonseca
O Egito é o 2º maior país da África. Em 3000 anos o Egito foi governado por 30 dinastias. Essas famílias se mantinham no poder através de casamentos de mãe e filho, irmãos e irmãs, tios e sobrinhas etc. De um fato todos sabemos, sem a existência do rio Nilo e o fenômeno das cheias das chuvas todos os anos, o Egito seria hoje apenas a parte oriental do Saara, provavelmente desabitada. Enquanto o Nilo, o 3º rio maior do planeta, com cerca de 6500 km de comprimento é considerado o solitário deus da fertilidade pelos egípcios, são as monumentais pirâmides que atraem multidões até hoje, devido ao misticismo que as envolvem.
As pirâmides foram construídas com o propósito de servirem de túmulos para os faraós. Como os faraós eram enterrados com grande riqueza, as pirâmides passaram a ser alvo de ladrões e a idéia megalomaníaca de suas construções foi abandonada. Os egípcios acreditavam que a vida continuava após a morte e que o espírito continuava vivendo. Por isso, era necessário conservar o corpo. Assim, desenvolveram o costume de mumificar seus cadáveres. Junto a eles se colocava nas tumbas, vestidos, alimentos, móveis, pinturas, além de jóias e objetos valiosíssimos.
A Grande Pirâmide, o túmulo do faraó Quéops, com 140 m de altura, construída com 2,3 milhões de blocos de pedra é a mais velha das sete maravilhas do mundo. O Egito era um país politeísta, adorava a vários deuses, alguns em formas de animais e outros zoomórficos, com forma de humanos e animais. Akhenaton, que reinou por 17 anos entre 1379 e 1362 a. C. fundou uma nova religião monoteísta, em que deveriam adorar ao deus Aton. Depois de sua morte, seu filho Tutankamon, reimplantou o politeísmo, manipulado pelos sacerdotes.
Quem construiu as pirâmides? Provavelmente mentes brilhantes e corpos fortes. Naquela época já existiam astrônomos e arquitetos. Os trabalhadores braçais, aos montes, faziam o trabalho pesado. As principais pirâmides são: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Ramsés II- foi o maior dos faraós. Era acompanhado de seu leão de estimação. Governou por cerca de 66 anos no séc. 13 a C. Teve 90 filhos com várias esposas, dentre irmã e filhas. Matou inimigos e venceu batalhas por conta própria.
Tutankhamon – assumiu o trono com 10 anos e uma década depois morreu de forma misteriosa. Sua tumba foi descoberta em 1922 e ainda envolve mistérios. Um deles é que na ocasião da descoberta de sua cripta, encontraram uma trilha de tesouro deixada por ladrões, que parece, fugiram quando estavam saqueando sua tumba no Vale dos Reis. Não se descobriu o por quê...
Deuses egípcios: Amon-Ra – deus solar; Osíris – deus do bem; Ísis – deusa mãe; Horus – deus do sol nascente; Set – deus do mal; Thot – deus da sabedoria; Anúbis – deus da embalsamação, guardavam as tumbas; Bastet – deusa-gata; Nut – deusa do firmamento divino.
Fontes: National Geographic- Tesouros do Egito –Ed especial ; A Magia do Egito – Nilo, dádiva dos deuses, Ed. Escala.
O Egito é o 2º maior país da África. Em 3000 anos o Egito foi governado por 30 dinastias. Essas famílias se mantinham no poder através de casamentos de mãe e filho, irmãos e irmãs, tios e sobrinhas etc. De um fato todos sabemos, sem a existência do rio Nilo e o fenômeno das cheias das chuvas todos os anos, o Egito seria hoje apenas a parte oriental do Saara, provavelmente desabitada. Enquanto o Nilo, o 3º rio maior do planeta, com cerca de 6500 km de comprimento é considerado o solitário deus da fertilidade pelos egípcios, são as monumentais pirâmides que atraem multidões até hoje, devido ao misticismo que as envolvem.
As pirâmides foram construídas com o propósito de servirem de túmulos para os faraós. Como os faraós eram enterrados com grande riqueza, as pirâmides passaram a ser alvo de ladrões e a idéia megalomaníaca de suas construções foi abandonada. Os egípcios acreditavam que a vida continuava após a morte e que o espírito continuava vivendo. Por isso, era necessário conservar o corpo. Assim, desenvolveram o costume de mumificar seus cadáveres. Junto a eles se colocava nas tumbas, vestidos, alimentos, móveis, pinturas, além de jóias e objetos valiosíssimos.
A Grande Pirâmide, o túmulo do faraó Quéops, com 140 m de altura, construída com 2,3 milhões de blocos de pedra é a mais velha das sete maravilhas do mundo. O Egito era um país politeísta, adorava a vários deuses, alguns em formas de animais e outros zoomórficos, com forma de humanos e animais. Akhenaton, que reinou por 17 anos entre 1379 e 1362 a. C. fundou uma nova religião monoteísta, em que deveriam adorar ao deus Aton. Depois de sua morte, seu filho Tutankamon, reimplantou o politeísmo, manipulado pelos sacerdotes.
Quem construiu as pirâmides? Provavelmente mentes brilhantes e corpos fortes. Naquela época já existiam astrônomos e arquitetos. Os trabalhadores braçais, aos montes, faziam o trabalho pesado. As principais pirâmides são: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Ramsés II- foi o maior dos faraós. Era acompanhado de seu leão de estimação. Governou por cerca de 66 anos no séc. 13 a C. Teve 90 filhos com várias esposas, dentre irmã e filhas. Matou inimigos e venceu batalhas por conta própria.
Tutankhamon – assumiu o trono com 10 anos e uma década depois morreu de forma misteriosa. Sua tumba foi descoberta em 1922 e ainda envolve mistérios. Um deles é que na ocasião da descoberta de sua cripta, encontraram uma trilha de tesouro deixada por ladrões, que parece, fugiram quando estavam saqueando sua tumba no Vale dos Reis. Não se descobriu o por quê...
Deuses egípcios: Amon-Ra – deus solar; Osíris – deus do bem; Ísis – deusa mãe; Horus – deus do sol nascente; Set – deus do mal; Thot – deus da sabedoria; Anúbis – deus da embalsamação, guardavam as tumbas; Bastet – deusa-gata; Nut – deusa do firmamento divino.
Fontes: National Geographic- Tesouros do Egito –Ed especial ; A Magia do Egito – Nilo, dádiva dos deuses, Ed. Escala.
120 ANOS DE MANUEL BANDEIRA
POR: Carmen Amazonas
Arte de amar
Arte de amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Carneiro de Souza Bandeira, o mais lírico dos poetas. Nasceu em 19 de Abril de 1886, em Recife, Pernambuco. Prosador, importante cronista, crítico e historiador da literatura e da música. Dentuço de natureza, a mãe lhe ensinou a sorrir muito, pois gente dentuça quando séria fica antipática. Deixou mais de 350 poemas, dezenas de crônicas, antologias, traduções, biografias e letras de música.
1896 – Muda-se novamente para o Rio de Janeiro, onde cursou o externato do Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II). Teve entre outros professores João Ribeiro.
1903 – Em São Paulo começa a trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, da qual seu pai era funcionário.
1904 – Descobre que é Tuberculoso, abandona as atividades e volta para o Rio. Passa por diversas cidades em busca de um melhor clima para sua saúde.
1910 – Participa de um concurso de poesias da Academia Brasileira de Letras. Em Charles de Guérin encontra as rimas toantes que usaria em Carnaval.
1912 – Escreve seus primeiros versos livres, sob a influência de Apollinaire, Charles Cros e Mac Fionna Lead.
1913 – Embarca para a Suíça com intuito de tratar-se no sanatório de Clavavel, reaprende o alemão.
1914 – Volta ao Brasil
1916 – Morre sua mãe, Francelina.
1917 – Pública seu primeiro livro: A Cinza das horas, edição de 200 exemplares, custeado pelo autor. João Ribeiro escreve um artigo elogiando o livro. Devido ao emprego de um hiato num verso do poeta Mário Mendes Campos, desenvolve sua crítica, junto a Machado Sobrinho, no Correio de Minas.
1925 – Escreve critica musical para a revista A Idéia Ilustrada. Ganha primeiro dinheiro com literatura, 50 mil réis, colaborando para o suplemento cultural do jornal A Noite.
1935 – Nomeado inspetor do ensino secundário pelo Ministro Gustavo Campanema.
1937 – Recebe Prêmio da Sociedade Felipe de Oliveira, no valor de 5 mil cruzeiros, seu primeiro lucro material com poemas.
1938 – É nomeado professor de literatura do Colégio Pedro II, no rio.
1940 – É eleito membro da Academia Brasileira de Letras; ocupa a cadeira 24.
1943 – Nomeado professor de literatura hispano-americana da Faculdade Nacional de Filosofia.
1944 – Publica Obras Poéticas de Gonçalves Dias, edição crítica e comentada.
1948 – Lança a primeira edição de Matuá do Malungo, impresso em Barcelona por João Cabral de Mello Neto.
1949 – Traduz, O Auto Sacramental do Divino Narciso de Sóror Juana Inês de la Cruz.
1951 – Publica Biografia de Gonçalves Dias
1968 – Morre em 13 de Outubro, no Hospital Samaritano, em Botafogo, Rio de Janeiro
Vou-me Embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou felizLá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive...
...E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90Manuel Bandeira: sua vida e sua obra estão em "Biografias".
Fonte de pesquisa: Revista Bravo, Edição: 113
segunda-feira, janeiro 15, 2007
PALAVRAS
Esta poesia ficou entre as 60 no concurso literário da Editora Litteris
por: Denise Fonseca
Quando perdi meu grande amorVieram me dizer algumas palavras,
Que revolveram meu orgulho
E amaciaram minha dor.
Da minha boca, nenhuma palavra.
Estavam fragmentadas em meu coração
Despedaçado na desilusão e amargor.
Quando deixei de amar alguém
Ouvi dele as palavras:
Juras de amor e abandono,
De desamparo e aflição.
Da minha boca só uma palavra,
A da compaixão, mas, da resolução:
Eu não mais te amo!
Quando encontrei meus amigos
Havia tantas palavras a trocar.
Afeto, carinho, amizade,
Novidades e triviais também.
E nas nossas bocas se emaranhavam
E saltitavam livres e eufóricas, muitas palavras.
Quando vi uma flor desabrochar
Palavras se desenharam em minha mente.
Da minha boca só um: oh!
Pois elas ficaram inibidas
Diante da beleza singular.
Quando meu pai morreu
Vieram me dizer algumas palavras:
Condolências, afago, não sei o que.
Vazias para ouvir e penosas para dizer.
Da minha boca, nenhuma palavra.
Elas rolavam dos meus olhos,
Diluídas no egoísmo da dor.
Quando falei com Deus,
Da minha boca, nenhuma palavra.
Não ouvi nenhuma palavra.
Deus ouve os pensamentos
E fala através da nossa consciência
Com emanações de conforto à alma.
Quando vi uma criança chorar,
E o velho abandonado,
O doente no hospital
E o descrente pelas ruas,
Da minha boca vieram palavras
De clamor em verso, prosa e canto,
Para não perderem a coragem e a fé.
Quando me perguntaram o que são palavras,
Da minha boca saíram palavras:
É o encantamento e o milagre.
A força que derruba barreiras e transforma.
Ditas no momento certo é luz que transcende.
No momento indevido é faca no coração.
O vento as leva, mas seu espírito vagueia.
Enaltecem a alma.
Iluminam o caminho.
É elo entre nós humanos.
As palavras são tudo.
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