A FLIP,
realizada entre nos dias 3 a 7 de julho de 2013, em Paraty, homenageando
Graciliano Ramos, mais uma vez prova que é o maior festival literário do
Brasil, como disse Gilberto Gil, e a cada ano, mais pessoas chegam à cidade de
Paraty ávidos por badalação e literatura. Novamente, relatarei o que vi e o que
senti, do início ao fim. Este ano, optamos por caçar pelas ruas de pedras os
eventos paralelos, que prometiam maravilhar, em vez de assistir às mesas que
aconteceram nas tendas. Não me arrependi e como previ, os eventos paralelos que
aconteceram na Casa da Cultura, Flipinha, Casa do Instituto Moreira Salles,
Casa Folha, Casa da Liberdade, Casa do Clube dos Autores e Casa do Autor Roteirista
surpreenderam. A abertura coube a Milton Hatoum, que destrinchou as obras de
Graciliano Ramos: Infância, Caetés, São Bernardo, Angústia e Vidas Secas. Mais
tarde, às 9h30m, o show de Gilberto Gil arrebatou uma multidão, que sem lugar
do lado de dentro, preencheu os espaços externos. Gil dispensa elogios, sua
história e repertório falam por si só e suas canções de apelo social condizem
plenamente com o momento atual do Brasil. Tudo conspira a favor da Flip; esse ano, uma figura muito lembrada pelos palestrantes e pensadores sobre as obras de Graciliano, a cadela Baleia de Vidas Secas, parecia ter reencarnado nos vários cães que encontramos pelas ruas de Paraty. Quem não se apaixonou pela cadela humanizada pelo escritor? As cenas de Baleia no livro sempre são as que mais emocionam a todos que o leem.
Texto: Denise Constantino
Foto: Carmen Amazonas
Texto: Denise Constantino
Foto: Carmen Amazonas
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