domingo, agosto 08, 2010

FERREIRA GULLAR NA FLIP 8


No dia 7/8, sábado, tomamos um banho de Ferreira Gullar, mas nunca é demais. Primeiro o poeta esteve na mesa em homenagem a Carlos Drummond de Andrade, juntamente com Eucanaã Ferraz, Antônio Cícero e Chacal, para ler as poesias do livro "Alguma Poesia", de Drummond, publicado há 80 anos. Gullar acabou sendo tão louvado quanto o homenageado da mesa.
Depois, Ferreira Gullar voltou para uma mesa dedicada a ele mesmo, onde arrancou gargalhadas e a atenção total do público. Em 10 de setembro o poeta completa 80 anos e lançará seu novo livro de poesias "Em Alguma Parte Alguma", após 11 anos sem publicar. Alguns trechos da conversa:
- "Falar de poesia é sempre gratificante."
- "A poesia para mim, nasce do espanto. Quando ela vem, não respeita nenhuma lei. Nem sei se poesia é literatura. Não faço poesia na hora que quero. Não posso determinar: hoje vou fazer poesia."
- "A arte existe porque a vida não basta."
- "Escrever poesia não é sofrimento, como muitos poetas dizem. É mentira. Você faz porque quer, ninguém manda você fazer."
- "O poeta transforma o sofrimento em beleza (estética). Transforma a dor em alegria."
Gullar falou ainda sobre o início de sua carreira, quando iniciou suas poesias pelo Parnasianismo, depois aderiu ao Modernismo, passando pelo Concretismo. Falou também sobre o exílio em Buenos Aires e sobre o livro que lá escreveu, "Poema Sujo". No final, após ser aplaudido durante 2 minutos pelo público emocionado e de pé, disse: "É bom saber que a poesia ainda provoca isso."




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