Ou Fernando Pessoas?
Um homem de múltiplas personalidades? Para mim, foi um homem de imensa criatividade, que conseguiu abraçar diversos estilos, ao dar vida a várias personalidades e, assim, criar arte com a poesia.
Este texto descreve o encantamento pela exposição "Fernando Pessoa - Plural como o Universo", que esteve no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, no período de agosto/2010 a janeiro/2011 e até 22/5/11 no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. Fernando Pessoa foi vários poetas em um só. "Encarnou": Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Bernardo Soares e outros. Os três primeiros são os mais conhecidos. Lamentavelmente, a obra de Pessoa só foi reconhecida após sua morte. Enquanto viveu, Pessoa tinha uma personalidade conflituosa, em constante busca pelo "eu". Talvez por isso, tenha criado as personagens para multiplicar-se e descobrir-se. Alberto Caeiro foi o simples. Para ele, não havia mistérios nas coisas. Sua poesia não tinha estética e nem rimas. Álvaro de Campos tinha crise de identidade. Era depressivo e seu estilo era despido de beleza. Ricardo Reis tinha estilo refinado. Era racional. Vivia pelo Carpe Diem. Tinha estilo clássico, agregando a mitologia à natureza.
Na exposição, cada heterônimo tinha um espaço decorado e poesias para serem apreciadas. Instalações perfeitas. Iluminação grandiosa. Efeitos especiais surpreendentes. Ao adentrar a exposição, facilmente sentíamos inebriados pela poesia e pelo mundo complexo de Fernando Pessoa.
Aproveito para citar o almoço no bistrô da Casa França Brasil. Comida excelente, preço bom e atendimento impecável. Um dia perfeito.
Por: Denise Constantino
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