Esse ano, a FLIP homenageará o introdutor do Modernismo no Brasil, o escritor OSWALD DE ANDRADE. Nascido em 1890, em São Pulo, filho único e de família abastada, cursou faculdade de Direito e escreveu para vários jornais de São Paulo. Juntamente com os escritores Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Mário de Andrade e o pintor Di Cavalcanti, integrou o primeiro grupo de artistas modernistas. Participou ainda do chamado Grupo dos 5, com Mário de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Menotti Del Picchia. Em 1922, organizou junto com os outros artistas modernistas a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, o que provocou uma enorme perturbação no meio artístico do Brasil. Espiritualista e espirituoso, Oswald de Andrade casou-se 5 vezes. A primeira esposa foi a Miss Cyclone (Maria de Lourdes Castro Dolzani), que logo morreu. A segunda foi a famosa pintora Tarsila do Amaral, em 1926. Os dois serviram de elo entre os artistas europeus e promoveram famosas e concorridas reuniões e saraus com os artistas da época. Na década de 1930, foi viver com Pagu (Patrícia Rehder Galvão). Em 1936, com a poetisa Julieta Bárbara Guerrini e em 1942, casou-se com Maria Antonieta d’Alckmin, com quem permaneceu até a morte dele, em 22/10/54.
Oswald foi o mais radical dos modernistas, além de ter sido criativo, transgressor e anarquista. É autor de dois dos mais importantes manifestos do modernismo no Brasil: o Manifesto da poesia Pau-brasil e o Manifesto Antopófago. No primeiro, ele propunha uma “redescoberta” criativa do país, dando à poesia uma linguagem coloquial, condensada, humorística e irônica, chamada “poesia de exportação”, a qual era firmada no primitivismo nacional, histórico, geográfico e social. No segundo manifesto, de 1928, ele valorizou o índio como figura nacionalista e autêntica da cultura brasileira. Ele sugeria que as influências estrangeiras deveriam ser absorvidas (engolidas) para resultar numa crítica à cultura e à forma de escrever europeia, que influenciava os escritores brasileiros. Essa ideia foi decisiva para a formação da nossa literatura contemporânea.
Aguardemos, então, ansiosos por mais uma edição da Flip em 2011, em Paraty, nos dias 06 a 10 de julho para saber mais sobre esse grande e polêmico escritor.
Fonte: Conhecimento Prático Literatura, nº 33, Nov/2010, Editora Escala Educacional.
por: Denise Constantino
Oswald foi o mais radical dos modernistas, além de ter sido criativo, transgressor e anarquista. É autor de dois dos mais importantes manifestos do modernismo no Brasil: o Manifesto da poesia Pau-brasil e o Manifesto Antopófago. No primeiro, ele propunha uma “redescoberta” criativa do país, dando à poesia uma linguagem coloquial, condensada, humorística e irônica, chamada “poesia de exportação”, a qual era firmada no primitivismo nacional, histórico, geográfico e social. No segundo manifesto, de 1928, ele valorizou o índio como figura nacionalista e autêntica da cultura brasileira. Ele sugeria que as influências estrangeiras deveriam ser absorvidas (engolidas) para resultar numa crítica à cultura e à forma de escrever europeia, que influenciava os escritores brasileiros. Essa ideia foi decisiva para a formação da nossa literatura contemporânea.
Aguardemos, então, ansiosos por mais uma edição da Flip em 2011, em Paraty, nos dias 06 a 10 de julho para saber mais sobre esse grande e polêmico escritor.
Fonte: Conhecimento Prático Literatura, nº 33, Nov/2010, Editora Escala Educacional.
por: Denise Constantino
Nenhum comentário:
Postar um comentário